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Falta de energia: impactos na indústria e como evitá-los

O momento mais difícil da crise no abastecimento de energia elétrica, vivida pelo Brasil nos últimos anos, já passou. Mas, infelizmente, isso não significa que a indústria brasileira está fora de perigo. A situação é tão periclitante que o Governo Federal recomenda, desde 2015, que as indústrias usem geradores para se proteger.

É por isso que precisamos falar sobre “qualidade de energia elétrica”. Sua indústria está preparada para enfrentar um apagão ou uma oscilação no fornecimento de energia?  Você já mensurou os impactos que a má qualidade no fornecimento está causando à sua empresa?

Para entender por quais motivos o Governo Federal recomendou a compra ou aluguel de grupos geradores, é preciso primeiramente avaliar a qualidade da energia elétrica na produção industrial.

O mundo está passando por um intenso processo de automação das indústrias, que contam com cada vez mais equipamentos sensíveis à qualidade de energia. Esse processo, irreversível, ao mesmo tempo em que aumenta a capacidade de produção das fábricas, deixa as empresas mais vulneráveis às variações do sistema de distribuição.

O problema é que, por melhor que seja o controle das concessionárias, a geração de energia está sujeita a variações de tensão que podem causar impactos negativos nos equipamentos da indústria. Essas falhas podem causar paradas não-programadas da produção, gerando prejuízos milionários.

Perdas com a ausência de geradores

Empresas que não contam com o apoio de geradores para manter a produção estável estão sujeitas às seguintes perdas:

Custo de reparos: custos relacionados à quebra de equipamentos por conta da perda de qualidade do fornecimento de energia elétrica

Custos de Produto sem Elaboração Estragados: custos relacionados à perda de insumos durante a fabricação de um produto

Custo de Produtos Acabados Estragados: custos relacionados à perda de produtos já fabricados ou em estoque

Custo de Matéria Prima ou Produtos Primários Deteriorados: custos relacionados à perda de matéria-prima estocada.

Custo de vendas não-realizadas: relacionado a vendas que não foram feitas por causa da parada de produção ocasionada pela oscilação no fornecimento de energia elétrica

Custo da Proteção: gasto que uma fábrica tem para se proteger das oscilações do fornecimento de energia elétrica

Custo de Perdas de Informações: custos relacionados à quebra de equipamentos de Tecnologia da Informação que armazenavam dados sensíveis e relevantes para o bom funcionamento da indústria

Custo de Horas Extras: quando a indústria precisa pagar à sua força de trabalho horas extras de atuação para compensar a produção que foi perdida durante a interrupção ou oscilação no fornecimento de energia, ou para compensar a interrupção na produção ocasionada pela quebra de um equipamento exposto indevidamente à má qualidade da energia elétrica.

Custo de Retomada ou Reinício de Produção: custo relacionado às providências necessárias para o reinício das atividades de uma fábrica após uma parada por conta de problemas no fornecimento de energia. Esses custos incluem o preparo das máquinas, limpeza de resíduos, reposição de ferramentas, reprogramação das atividades, nova aferição dos equipamentos de TI, dentre outros.  

As perdas em cada setor

Pesquisa da Universidade Federal da Paraíba revelou que, na indústria química, 72% das perdas ocasionadas pela interrupção no fornecimento de energia são custos de vendas não realizadas. Este número é similar às perdas das empresas metalúrgicas.

No caso das indústrias têxteis, as maiores perdas estão relacionadas a custos de reparos (59%). O mesmo vale para indústrias farmacêuticas e veterinárias, e de Materiais Elétricos e de Comunicações, embora em menor proporção (31%). Nesse último caso vale ressaltar os impactos dos custos de perdas de informações, que também correspondem à 31% do prejuízo. Prejuízo que poderia ser evitado com a instalação de um gerador de energia que garantisse a alimentação ininterrupta do data center.

Já indústrias de vestuário, calçados e artigos de tecidos tem os maiores prejuízos relacionados a custos dos produtos em elaboração estragados.

O prejuízo em número

Uma interrupção no fornecimento de energia com duração de até dois minutos custa em média, para uma indústria no Nordeste do Brasil, cerca de R$ 135 mil. Caso a interrupção dure 1 hora, esse valor pode chegar à cifra de R$ 750 mil.

Como se pode observar, ter um sistema de backup em caso de falha no fornecimento de energia elétrica é essencial para evitar prejuízos às empresas, perdas de mercado e para garantir competitividade à indústria.

Além disso, o Brasil conseguiu atravessar o ano de 2015 sem grandes “apagões”, graças à recuperação parcial dos reservatórios das usinas hidrelétricas e à diminuição da demanda por energia elétrica, decorrente da crise econômica.

No entanto, em 2017 e 2018 a produção industrial deve voltar a crescer, causando um aumento na demanda. O Governo Federal garante que o abastecimento de energia está garantido, mas a verdade é que apenas nos primeiros meses de 2017, com a economia ainda no início da retomada, o aumento no consumo de energia elétrica foi de 2,5%, o que causa preocupação.

Prevenção

Todas essas perdas poderiam ser evitadas se as indústrias optassem por manter grupos geradores de energia em suas instalações, prontos para atuar em caso de queda ou oscilação no fornecimento. Isso impedirá a parada da produção e a quebra de equipamentos.

Mesmo aquelas empresas sem plano de contingência podem ser beneficiadas com o aluguel de geradores. Se um equipamento de sua indústria quebrou por conta da interrupção no fornecimento, e precisará de manutenção, não é preciso parar toda a fábrica para realizar a troca das peças. Um grupo gerador de energia pode minimizar as perdas.

A aplicação do gerador vai isolar, do sistema de fornecimento, a parte da fábrica que passará por manutenção, seja para limpeza de caldeira, troca de maquinário, mudança de layout ou mesmo para fazer a manutenção dos geradores próprios da indústria.

Os geradores são programados para acionamento de cargas constantes, pelo tempo que for necessário, desde que seja respeitado o planejamento da parada de produção.

É importante ressaltar ainda que mesmo aquelas empresas que tenham seus próprios geradores devem estar atentas à necessidade de escolher uma locadora de geradores. Isso porque, para que funcionem perfeitamente, os geradores precisam passar por manutenção técnica especializada periodicamente.

Para que essa manutenção seja realizada, esses geradores próprios precisam ser temporariamente desligados. Isso não significa, entretanto, que a empresa precisa ficar sem seu sistema de backup e exposta aos riscos associados à má qualidade da energia elétrica. O aluguel temporário de outros geradores, para substituir pontualmente àqueles que estão passando por manutenção, é altamente recomendado.

Mais importante do que ter geradores de backup é poder contar com eles em um momento de necessidade.