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Energia temporária e a seca no Nordeste

Há tempos a situação dos reservatórios de água na região do nordeste do Brasil vem ganhando espaço no noticiário. O histórico de poucas chuvas sempre foi um problema característico da região, que impacta diretamente no nível dos reservatórios, mas este ano a situação tem tudo para se agravar. Com um menor volume de chuva previsto para os próximos meses (o período chuvoso vai de outubro a abril) os reservatórios seguem em baixa. Segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico(ONS), somente no estado da Bahia os três principais reservatórios estão com baixo nível de água armazenada, sendo que Sobradinho está com 6,1%, Três Marias com 14,4% e Itaparica com 15,5%. Com menos água, as hidrelétricas podem ser obrigadas a parar de produzir energia, impactando diretamente a operação de empresas dos mais variados segmentos e também o dia a dia da população. A falta de água também pode comprometer o funcionamento das termelétricas a carvão. Com menor volume de água disponível, o governo pode ter que escolher entre usar a água para resfriar as termelétricas ou abastecer a população. Nesse cenário de baixo volume de água armazenada e sem previsão de grandes volumes de chuva é necessário investir em estruturas emergenciais para a transposição entre reservatórios, como o realizado em São Paulo durante a crise hídrica de 2015. Na ocasião, foi necessária a transposição de água entre as represas Atibainha e Jacareí II para o Sistema Cantareira. Para isso é necessário criar uma estrutura de bombeamento das águas, que são alimentadas por geradores, que são os responsáveis por fornecer energia para as bombas de água e manter a estrutura das mini estações de transposição.